Escrevi aqui sobre os desafios que a inteligência artificial tem imposto para as bancas avaliadoras de concursos literários. Recorrendo a sites de verificação do uso das IA’s em textos submetidos aos júris dos quais venho participando, vez por outra detectamos a suposta intervenção da nova tecnologia, o que nos coloca (a nós, que estamos na posição de julgar as obras) diante de um dilema: classificar ou desclassificar tais textos?
A questão seria simples se os sites de verificação fossem cem por cento confiáveis, mas eles não são: ora podem gerar falsos positivos (classificando conteúdo humano como gerado por IA), ora falsos negativos (não identificando em absoluto o conteúdo gerado por IA). Isso é tão verdadeiro que parte deste texto que você, leitor ou leitora, está lendo agora, foi escrito pelo ChatGPT obedecendo comandos simples que eu mesmo forneci. E me desculpe por burlar a sua confiança na premissa de que sou eu o autor exclusivo destas linhas, mas se serve de consolo eu também enganei o ZeroGPT, uma das ferramentas de detecção de IA mais famosas e disseminadas.
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