Antes de desvendar o mistério, uma pequena amostra do texto pros subscritores da versão gratuita da newsletter:
Dia desses topei com uma antologia de poetas de 1985, perdida na estante da casa de uma tia. Diante da lista de autores, exposta já na capa, me desafiei. 40 anos depois, quantos e quais daqueles poetas eu conhecia? Numa lista de mais de cem nomes, eu não conhecia nenhum. Fiz o teste. Fotografei a capa e postei numa rede social. A resposta não foi muito diferente. Um leitor, porém, conhecia a editora. Shogun Arte, segundo ele uma das editoras “caça-níqueis” da época. O esquema é o mesmo das que ainda existem hoje em dia. Pagou, entrou na “seleção”. Não pagou, adeus.
Outro leitor, o poeta Marcantonio Costa, deu uma ótima resposta: “O maior absurdo sobre poetas é dizer que eles são de hoje. Não são mesmo! Ou são de ontem, ou serão de amanhã. De hoje, nunca!”. Outro, o também poeta Lau Siqueira, me tranquilizou um pouco: “Que bom que não conheço ninguém! Nessa época eu lia muita poesia brasileira”. Apesar da ironia dos poetas, o experimento não deixou de ser uma lição de humildade diante do tempo, essa entidade que atravanca o caminho de qualquer escritor. Na literatura, muitos passarão, poucos passarinhos…
Agora vamos à resposta:
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